Oi gente, tudo bem? Espero que sim. Novamente, venho trazendo mais uma entrevista para vocês, desta vez, com a autora Danka Maia que cada vez mais, vem publicando livros maravilhosos, como é o caso do seu livro Boto: O Prazer Vem das Águas. Muitas das obras da autora estão todas disponíveis na Amazon, só clicar aqui para ter acesso e disponíveis gratuitamente no Kindle Unlimited. Então, sem mais papo, vamos para à entrevista?
Quando e
como apaixonou-se pela literatura?
Eu me apaixonei mesmo quando
li o livro de Agatha Christie, O Caso Dos Dez Negrinhos. Eu já tinha lido
Monteiro Lobato, tinha onze anos e aquele foi um contato especial. Eu queria
saber como ela tinha pensado em algo tão inteligente e envolvente. Como eu já
tinha uma história pregressa com meu pai com os gibis, comecei a esboçar
algumas coisas. Eu passei pelos poemas, depois crônicas e por fim os livros.
Qual seu
livro preferido e com que motivo?
Meu livro predileto é Atos de
Fé de Erich Segal. Ele foi o primeiro livro de romance que li que tratava sobre
um amor impossível. Um amor entre um padre em ascensão dentro da igreja
católica com a filha de um rabino ortodoxo. Aquela história até hoje me causa
borboletas no estomago quando a leio, especialmente a página que ele vai atrás
dela num kibutz, o encontro é dramático.
Ela o pergunta: Como foi que você me achou?
Ele responde: Usei Jeremias 29: 13, “E me buscareis e me achareis quando
me buscares com toda força do seu coração”.
Arrepio até hoje!
E como
começou sua paixão pela escrita? Quando começou a escrever e qual foi seu
primeiro livro?
Eu comecei escrever antes de saber de fato escrever.
Explico. Quando tinha uns três ou quatro anos de idade, meu pai só ficava em
casa aos domingos, pois trabalhava muito e aquele com tempo para mim era muito
precioso, mas meu pai adorava ler, entre livros, jornais haviam os gibis, um a
paixão dele. Então tínhamos um trato, ele costumava a me dar os gibis que ele
cansara de ler (risos), porém eu ficava intrigada porque aqueles livros, gibis
chamavam tanto a atenção dele. Um dia eu quis um gibi que pelas regras ainda
não poderia ser meu. Fiz birra, choro, coisas de criança, e ele me deu um
conselho. Disse para que “lesse” o gibi, gravasse a história e montasse minha
própria história em minha cabeça diante daquelas gravuras, assim teria uma
história só minha.Pronto! Não parei mais!
Lembro-me de ficar pela casa atrás de minha mãe contando
minhas histórias diante dos gibis que tinha. Sabia todas de cor.
Então, foi ali que de fato eu comecei. Com o tempo, eu
cresci, aprendi a ler e escrever, vieram as redações, as leituras, os poemas
sofridos da adolescência, (mais risos), foram fases gostosas da minha vida. Até
que chegou a hora de sentar e escrever um livro de verdade. Meu primeiro livro
foi A Casa Dos Destinos e foi o meu primeiro publicado por uma editora. Foi uma
experiência incrível.
Qual o seu
maior sonho neste mundo literário?
O que acha
do mercado literário atual?
O mercado está complicado. A realidade econômica no
país afetou diretamente toda parte de entretenimento onde entre tantas coisas
está a literatura que já não é tão forte.
Mais do que nunca as editoras hoje valorizam um nome forte, com vendas
certas e um produto (livro) que venda.
Por outro lado eu acho que ser independente nunca foi tão bom e
lucrativo. Quando se trabalha direitinho a longo prazo o trabalho cresce e isso
reverte diretamente na sua carreira literária. Torço pelo dia que editoras
valorizem os autores nacionais. Mas há alternativas legais sim e quem quer
trabalhar consegue.
De onde
veio a inspiração para o livro?
Eu tenho hoje 25 trabalhos escritos e ainda é complicado
para eu falar sobre inspiração. (Risos). Talvez pelo modo como fui condicionada
pelo meu pai e por ter facilidade em criação eu não veja a inspiração como essa
mulher que vem na calada da noite e te fala coisas. Acho que a vida em si é o
nosso maior poço de inspiração, mas a fundo você e suas emoções são inspiração.
Então as minhas ideias vem até mim. Eu não sei explicar como acontece, mas eu
gosto que seja assim e espero viver bastante para escrever todas as ideias que
vem a minha cabeça.
Qual foi
sua inspiração para o protagonista?
Meus protagonistas são autênticos. Gosto de autenticidade.
Quando eles nascem já tem o seu modo de falar, o seu jeito, a sua
personalidade. Às vezes podem ser o toque de alguém que eu conheça ou as vezes
são o que são. Não há uma ligação direta para atribuir essa “inspiração”, no
fundo acaba sendo muito pessoal o modo como cada escritor desenvolve isso.
Tem algum
personagem que você considere especial, além do protagonista, na trama? Com que
motivo?
Todo personagem tem sua
importância quando está num livro, por mais que é de Navarro, do livro Quando O
Segundo Sol Chegar. Ele é especial. Ele é a figura paterna que todo mundo
adoraria ter por perto, é um personagem aconchegante sua frase seja curta. Mas
de todos os meu livros, o secundário que mais gosto.
Qual das
cenas você considera mais importante? Qual o motivo?
No meu livro atual, que irá em outubro para o Amazon,
Entre Quatro Paredes e Nada Mais (livro), uma das cenas que mais me encanta é
quando Diana entra no quarto do flat se passando como uma garota de programa e
encontra Istvan. Ambos sentem que estão sendo levados para algo maior. O
envolvimento da cena, o peso, a emoção são poderosos e cativantes. Embora
suspeita para falar, eu estou amando essa trama. A mais dramática e polêmica
que já escrevi até agora.
Em sua
concepção, com que motivo as pessoas deveriam ler seu livro?
Costumo dizer quando me perguntam isso: Permita-se! Se
você quer uma história dramática, polemica e apaixonar-se por esse casal tão
sofrido cada uma a sua maneira e com um amor tão intenso, você está destinado a
ler Entre Quatro Paredes e Nada Mais. Eu garanto é um livro complexo, lindo e
inesquecível.
Tem alguma
cena que você chorou durante a escrita? Qual o motivo?
A gente sempre chora ou ri.
Mas uma cena que mexeu muito comigo é quando Diana recebe a carta de sua mãe,
que a abandonou, e a de seu pai, que embora a ame, é um assassino. Mexe com
você. Mexeu comigo.
Mexeu tanto que deixarei a
carta da mãe para ela aqui. Detalhe, a personagem em virtude do que acontece em
sua vida precisa mudar seu nome para Diana Lorn.
Querida Jasmine,
Sei o quanto parece estranho receber
alguma notícia minha depois de tanto tempo. Mas decidi escrever porque quero
que tudo fique muito claro entre nós duas. Temos um laço que dizem ser sagrado.
Por alguma razão alguém lá em cima decidiu que seriamos mãe e filha. Mas na
verdade tanto eu quanto você sabemos que nunca foi assim. Eu tentei ser uma mãe
de verdade para você. Mas eu não pude. Não me culpo por isso. Parece que eu não
tenho jeito e não sinto que você precise de mim. Você é uma menina forte,
decidida, inteligente eu sinto orgulho de você porque não se parece em nada
comigo. Porém tente compreender que não há culpados nessa história. Vi suas
solicitações de amizades nas minhas redes sociais. Confesso que fiquei me
perguntando por que você me quer em sua vida. Porque eu não quero estar na sua
e imaginei ter deixado isso muito claro quando assinei os papeis de sua adoção
para o senhor Lorn. Talvez a sua idade não a deixe alcançar certas coisas. Eu
fui mãe muito cedo. Quando tive seu irmão era um ano mais velha que você. Veja
o que fiz com a vida dele. Não farei o mesmo com a sua. Portanto somente me
procure quando todas as suas possibilidades estiverem sido esgotadas. Prefiro
que seja assim. Estou seguindo minha vida e estou feliz com ela. Quero que faça
o mesmo com a sua.
Aviso se eu mudar de endereço ou se a
vovó falecer.
Com amor,
Lohana Janet Thompson.
Deixe uma
mensagem para seus leitores e futuros leitores.
Eu só tenho a agradecer pela
confiança em meu trabalho. Por se permitirem parar seu mundo para ler o meu.
Minhas ciganas queridas, como costumo chamar minhas leitoras. E você que quer
se permitir a conhecer o meu mundo, desde já o meu muito obrigado. Você lerá
histórias que a vida esqueceu-se de contar.
Por último muito obrigada ao
blog e pelo convite de estar aqui. Muito, muito obrigada. Beijocas em todos!
Fui!
Adorei a entrevista ❤
ResponderExcluirAmo seus livros rainha Danka ❤
Muito sucesso pra ti.. Bjus
Adorei
ResponderExcluirUma das melhores autores nacional que temos a sorte de ter.
ResponderExcluirMuito boa a entrevista. Genial 👏👏👏
ResponderExcluirEntrevista linda e esclarecedora. Estou ansiosa por Entre quatro paredes e nada mais, acompanhei a degustação no wattpad e chorei demais com essas cartas, assim como fiquei com ódio. Quero saber o desfecho dessa trama. Parabéns Danka.
ResponderExcluirA Danka é uma mulher e escritora maravilhosa.
ResponderExcluirSou fã e grata por ela sempre atender as ciganas que amam o seu trabalho, e também é sempre carinhosa com as colegas de escrita.
Achei a entrevista maravilhosa; Parabéns!!!
https://rob-umarosaazul.blogspot.com.br/